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A hipocrisia do jornal Publico nos ataques ao novo Twitter

Os ataques que o novo Twitter e Ellon Musk têm sofrido desde que a rede social mudou de rumo têm sido inúmeros. A mais recente newsletter de João Pedro Pereira para o Publico é mais um exemplo.  Nem tanto pelas críticas (algumas até podem ser legitimas), mas por exigirem um padrão de conduta que, quer o autor quer o jornal, nunca impuseram a eles próprios. Pelo contrário, o Publico é um dos maiores exemplos de incentivo à censura e à promoção de pessoas com gravíssimos conflitos de interesse.

Fonte: Vários órgãos de comunicação social nacionais

Nesta crónica, Musk é criticado por ceder à censura na Turquia.  Nem vale a pena entrar na discussão sobre o autor e os seus argumentos, por mais rebuscados que alguns possam parecer, até porque todas as opiniões devem ser respeitadas e Musk (como outros) deve estar sujeito a forte escrutínio.

A questão é que ele é acusado de ter cedido às pressões censórias na Turquia e sugerido que as suas ações acontecem devido a conflitos de interesse.

Ou seja, são apontados estes “pecados” num dos media que mais os tem cometido. Ou a censura que o jornal Publico e o João Pedro Pereira voluntariamente não rejeitam é a censura boa? E a aplicada pelo Twitter, cedendo às pressões, enquanto aguarda o desfecho legal do caso, a censura má?

O que disseram quando o caso Hunter Biden foi censurado? O disseram quando cientistas, políticos, estudo publicados e mesmo dados oficiais foram censurados durante a pandemia? O que disseram quando vieram a publico as prova da máquina de censura instigada por governos, media e redes socias?

Fonte: https://theblindspot.pt/2022/12/27/twitter-censurou-peritos-dados-oficiais-e-estudos-publicados-sobre-a-covid-19/

Nada, estiveram calados. Ou, em algumas situações, tentaram interromper o debate apelidando esses factos como teorias da conspiração.

Mais, estavam empenhados em fazer o mesmo, ou pior, como censurar artigos já publicados ou a reproduzir notícias falsas. (Para quando um pedido de desculpa aos seus leitores?).

E o que dizer da sugestão de que a decisão se prendia com interesses de Musk em relação à Tesla? Agora já existem conflitos de interesse? Ou são só para alguns?

Para quem tem como colaborador regular um especialista com inúmeras relações financeiras com as farmacêuticas e que tem produzido consistentemente informações distorcidas, ou mesmo falsas, em benefício das mesmas, não deixa de ser surpreendente a súbita atenção para este tipo de problemas.

É que, a falta de rigor e de isenção do Publico já pouco espanta, mas podiam poupar-nos a estes espetáculos de hipocrisia e de perseguição a quem abriu a cortina e revelou a corrupção moral da suposta “luta contra a desinformação”.  

Fonte: https://twitter.com/mtaibbi/status/1598824834334687236

Por isso, se querem criticar o Musk (e acho bem que o façam, desde que não mintam no processo), devem começar por olhar para dentro. Se se conseguirem libertar desses tiques totalitários, do seguidismo político (e ideológico) e forem minimamente independentes, terão toda a autoridade para o fazer.

Mas isso, se calhar, já é pedir muito.

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