Desde 2003 que não havia um início de ano com tanto gelo no Ártico

De acordo com observações por satélite do início de 2024, a quantidade de gelo no Ártico foi a maior das últimas duas décadas nesse período. Esse aumento contraria a tendência de queda das últimas décadas. No sentido contrário, a Antártida, onde a quantidade de gelo tem aumentado (embora num grau inferior), assistiu ao seu decréscimo nos dois últimos anos. Apesar do falhanço de inúmeras previsões de colapso do gelo polar, as suas oscilações continuam a ser apresentadas como evidência da influência humana na temperatura global e da necessidade de medidas urgentes para “controlar o clima”.

O mar ártico registou no início de janeiro de 2024 a maior extensão de gelo dos últimos 21 anos. O registo ocorre depois de um dezembro de 2023 que teve o terceiro maior ganho mensal de 45 anos, com um aumento de 2.71 milhões de quilômetros quadrados (1.05 milhas quadradas).

**Fonte**: Charctic Interactive Sea Ice Graph | Arctic Sea Ice News and Analysis (nsidc.org)

Estas observações contrariam a tendência de redução, registada através de dados por satélite (desde 1978), da extensão de gelo no Ártico. Esse fenómeno tem sido muito divulgado pela comunicação social, especialmente por supostamente ser o resultado do aquecimento global do planeta.

**Fonte**: Vários orgãos de comunicação social

Dados Antártida

Mas se no Ártico estes dados contrariam a tendência de redução das últimas décadas, na Antártida acontece exatamente o contrário. O crescimento da extensão de gelo das últimas décadas deu lugar a uma redução nos dois últimos anos.

Previsões do fim do gelo

Estas oscilações do gelo polar contrariam muitas das previsões das últimas décadas, que foram muito amplificadas pelos média.

**Fonte:** Arctic expert predicts final collapse of sea ice within four years | Climate crisis | The Guardian

Muitas delas sugeriam mesmo a extinção do gelo em alguns períodos há vários anos atrás. Algo que nunca se verificou.

Também políticos e responsáveis de agências, como a OMU, têm usado dados relativos a oscilações de gelo polar para exigir intervenções governamentais para “controlar o clima”.