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Transleaks: Práticas pseudocientíficas e graves violações éticas pela maior referência em “medicina de género”

Arquivos da Associação Profissional Mundial para a Saúde dos Transgéneros (WPATH) revelam que médicos que regulam e praticam “cuidados de afirmação de género” violam consistentemente a ética médica. Revelam igualmente que os tratamentos oferecidos, mesmo a crianças e a adolescentes, não são baseados em evidências científicas e que os pacientes não compreendem muitas vezes as implicações dos tratamentos. Entretanto, vários países reconheceram incertezas e novos dados científicos, passando a ter uma abordagem mais cautelosa, não só em relação às intervenções cirúrgicas, mas mesmo em relação à terapia hormonal.

A WPATH assume-se como a maior autoridade científica e médica global em “medicina de género”. Há várias décadas, que as suas diretrizes, têm moldado as orientações de governantes, entidades médicas, sistemas de saúde públicos e clínicas privadas em todo o mundo.

Documentos agora revelados mostram que clínicos da WPATH que praticam a “medicina de género” violam consistentemente a ética médica e o consentimento informado.

Ao invés de cumprirem os padrões da medicina baseada em evidência, os ficheiros demonstram que improvisam tratamentos e que, apesar de não conhecerem efeitos a longo prazo, sujeitam os pacientes, incluindo crianças e adolescentes, a intervenções hormonais e cirúrgicas com consequências irreversíveis.

Para além disso, fica evidente que médicos e terapeutas estão cientes de que as crianças e os adolescentes, e por vezes os próprios pais, não conseguem compreender essas consequências irreversíveis, que decorrem dos denominados “cuidados de afirmação do género”.

Divulgação dos ficheiros

A denúncia foi feita por um grupo de reflexão, o Environmental Progress, que disponibilizou todos os ficheiros que suportam o seu relatório. Incluem capturas de ecrã do fórum interno de mensagens do WPATH (entre 2021 e 2024) e um vídeo de um painel de discussão interno.

Michael Shellenberger, presidente e fundador da Environmental Progress, afirmou:

“As experiências não são aleatórias, duplamente cegas ou controladas. Não é medicina, uma vez que a primeira regra é não causar danos. E isso requer consentimento informado”.

A organização pediu a todos os membros do WPATH para confirmarem os seus comentários agora divulgados e ofereceu-lhes direito de resposta. Apenas dois responderam e confirmaram os comentários mencionados nos ficheiros. Um deles refutou a interpretação dada pelo Environmental Progress.

Evidencia científica e correção de políticas

A contestação, nomeadamente, por parte médicos e psiquiatras tem subido e muitos, têm considerado a promoção de certas intervenções cirúrgicas e hormonais um “escândalo médico global”.

De facto, existem vários indícios inquietantes e um reconhecimento de que ainda muito é desconhecido. Em particular, há uma falta de conhecimento sobre (1) a proporção crescente de adolescentes com o início do desconforto de género após a puberdade, (2) sobre a provável proporção crescente com transtornos mentais ou (3) sobre a real taxa de arrependimento após a “transição”.

Por esses motivos e também pela crescente pressão pública, vários países, nomeadamente nórdicos, passaram a adotar uma abordagem mais cautelosa, mesmo em relação à terapia hormonal.

Referências:

The WPATH Files — Environmental Progress

The Detransition Rate Is Unknown – PMC (nih.gov)

Denmark Joins the List of Countries That Have Sharply Restricted Youth Gender Transitions | SEGM

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