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Relatório Oficial Covid: Imposição de máscaras foi ineficaz e justificada com “estudos deficientes”

Um dos temas analisados no recente relatório bipartidário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos sobre a gestão da covid-19 foi a recomendação e a obrigatoriedade das máscaras faciais. O relatório é muito crítico, em particular das autoridades de saúde e da Administração Biden, que terão escolhido “a dedo” estudos de baixa qualidade para emitirem recomendações e ordens abusivas. O documento confirma também que os estados americanos sujeitos à obrigatoriedade do uso de máscara revelaram taxas de infeção semelhantes àqueles que não impuseram a medida.   

O relatório começa por censurar os “flip-flops” dos funcionários dos serviços de saúde pública e a sua falta de transparência científica sobre a eficácia e a utilização de máscaras faciais, que causou “desconfiança nos estabelecimentos de saúde pública”. Dá vários exemplos, referindo-se ao Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), nomeadamente à sua diretora, Rochelle Walensky, e a Anthony Fauci, ex-diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos.

Considerou, igualmente, que a Administração Biden excedeu a sua autoridade ao impor a utilização de máscaras, salientando decisões judiciais que revelaram várias violações legais do CDC. 

Estudos deficientes para apoiar o uso de máscaras  

Como foi publicado em múltiplos artigos do The Blind Spot, os Estados Unidos, como a maioria dos países, apoiaram-se em estudos de baixa fiabilidade para recomendar ou obrigar ao uso de máscaras em várias situações.  

Fonte: Máscaras na comunidade – Estamos a seguir a ciência? – The Blind Spot

O relatório descreve alguns desses estudos utilizados pelo CDC para alegar a sua eficácia e salienta que nenhum deles era um Estudo Controlado e Randomizado (RCT), e tinham inúmeras falhas. 

Em contraste, são descritos os vários estudos de alta fiabilidade (RCTs) que surgiram durante a pandemia, e que culminaram com a publicação da Revisão Sistemática da Cochrane em janeiro de 2023, que já inclui RCTs com o SARS-CoV-2, e que conclui não existir qualquer evidência de eficácia, nem sequer das máscaras de alta qualidade, na prevenção de infeções por vírus respiratórios. 

“O estudo analisou 15 ensaios que compararam os resultados do uso de máscaras cirúrgicas versus nenhuma máscara e também versus máscaras N95 em ambientes hospitalares e comunitários durante a pandemia. A conclusão foi que o valor do uso de máscaras foi aproximadamente zero. “Não há provas de que façam diferença. Ponto final.“” 

Comparação entre estados com e sem obrigatoriedade de máscaras 

O relatório constata igualmente que as trajetórias da taxa de infecções por covid-19 para estados com e sem obrigatoriedade do uso de máscaras são praticamente idênticas. 

Fonte: Relatório bipartidário do painel Covid-19 da Comissão especializada da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, pág. 212

Por isso, conclui que: 

“É evidente que o CDC e a Administração Biden selecionaram dados observacionais para se adequarem à sua narrativa de que as máscaras são totalmente eficazes. No entanto, esse não é o papel do CDC. O CDC é uma agência destinada a proteger o povo americano, e parte dessa responsabilidade inclui a realização, o patrocínio ou, no mínimo, a análise de ensaios clínicos para ter efetivamente a melhor investigação disponível antes de formular as suas orientações.” 

As consequências negativas do uso de máscaras em crianças  

Do mesmo modo, salienta que a política de obrigar ao uso de máscara de crianças a partir dos dois anos em escolas foi muito para além da maioria dos países e, mesmo, das recomendações da Organização Mundial de Saúde. 

Essa política, aplicada a uma população de muito baixo risco e com dificuldade de uso adequado de máscaras, terá causado elevados danos, nomeadamente no desenvolvimento da fala e da linguagem. 

Adverte, por isso, que:  

“Ignorar a ciência e os factos da COVID-19 e os danos de mascarar crianças pequenas foi profundamente imoral por parte da liderança das autoridades de saúde pública do país. As consequências futuras deste tipo de políticas draconianas ainda não são conhecidas, mas os líderes da saúde pública no futuro devem lembrar-se de que todas as políticas devem ser decididas de forma equilibrada.”   

Fonte:  

AFTER ACTION REVIEW OF THE COVID-19 PANDEMIC: The Lessons Learned and a Path Forward – Final Report 

Ver também: 

Máscaras na comunidade – Estamos a seguir a ciência? – The Blind Spot 

Revisão Sistemática Cochrane sugere (de novo) que as máscaras cirúrgicas não reduzem significativamente a transmissão viral – The Blind Spot 

Correlação: Obrigatoriedade de máscaras e mortalidade Covid – The Blind Spot 

Primeiro RCT sobre máscaras no contexto desta pandemia – The Blind Spot 

Estudo Catalunha: Mandatos de máscaras nas escolas foram ineficazes – The Blind Spot 

Estudo Finlândia: O uso de máscaras não diminuiu a incidência de Covid entre os jovens dos 10 aos 12 anos – The Blind Spot 

350 mil casos devido aos Santos Populares: a previsão foi divulgada por 50 órgãos de comunicação, o seu total falhanço por nenhum – The Blind Spot 

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