Robert F. Kennedy Jr. anunciou a sua candidatura como independente às eleições presidenciais de 2024 nos EUA. Afirma ter como objetivo introduzir uma mudança histórica e atacar a corrupção e a promiscuidade entre o estado e as grandes corporações. Em Portugal, a sua candidatura tem tido pouco destaque e nos Estados Unidos o candidato teve mesmo uma entrevista censurada.
Robert F. Kennedy Jr. anunciou ontem, no Plaza Park em Boston, que apresenta a sua candidatura independente às eleições presidenciais norte-americanas em 2024.
Ao afastar-se da competição com Joe Biden dentro do Partido Democrata, o sobrinho do antigo presidente norte-americano, John Kennedy, diz preferir concentrar-se desde já na campanha presidencial. Nas suas palavras:
“As pessoas param-me em todo o lado, nos aeroportos e hotéis de todo o país, e recordam-me que este país está pronto para uma mudança histórica”
“Estão prontos para reclamar a sua liberdade, a sua independência. E é por isso que estou aqui hoje. Estou aqui para me declarar um candidato independente”.
No que é já considerado, por alguns, como um discurso histórico de duas horas, este conhecido ativista ambiental fez uma extensa reflexão sobre a decadência e a divisão dos Estados Unidos da América, acrescentando ainda que a sua candidatura pretende ser “o virar da página na política americana” com o objetivo de “acabar com a fusão corrupta entre o poder estatal e o corporativo”, ao mesmo tempo que anuncia independência das “corporações que sequestraram o nosso governo.”
Acreditando que desta vez “os independentes vão ganhar”, o candidato presidencial já fez soar o alarme junto de republicanos que veem nesta candidatura uma forte concorrência à candidatura de Donald Trump. Nas palavras do próprio porta-voz de Trump, Steven Cheung afirmou que esta candidatura “nada mais é do que um projeto de vaidade para um Kennedy liberal que quer ganhar dinheiro com o nome da sua família”. Por outro lado, o Partido Democrático optou por não fazer comentários até ao momento.
Cobertura rara e insultuosa em Portugal
A cobertura deste candidato presidencial, o segundo nas preferências entre os democratas, de acordo com as sondagens, tem sido quase inexistente em Portugal.
Das poucas notícias que saíram sobre o candidato nos maiores órgãos de comunicação social, a grande maioria tem sido insultuosa, com acusações de ser extremista, negacionista, anti vacinas, entre outras.
Censura do candidato nos estados Unidos
Muitos dos principais órgãos de comunicação social norte-americanos também têm proferido inúmeros insultos ao candidato presidencial. O canal televisivo ABC chegou mesmo a censurar grande parte de uma entrevista feita a Kennedy Jr. devido a afirmações menos abonatórias sobre farmacêuticas e ceticismo em relação a algumas vacinas.
Numa investigação The Blind Spot, revelámos que o canal televisivo tinha os mesmos acionistas principais que a Pfizer e do que a maioria das farmacêuticas envolvidas na comercialização de vacinas covid.
Referências:
Ver também:
Grandes media noticiam a candidatura de Robert Kennedy Jr. à presidência recorrendo a insultos
Televisão que censurou candidato presidencial sobre vacinas tem os mesmos acionistas que a Pfizer