Skip to content

Miocardite vacinal Covid: Sintomas e anormalidades clínicas comuns após 6 meses

A miocardite associada às vacinas covid, particularmente às mRNA, tem sido muitas vezes caracterizada como benigna, o que justificou, por exemplo, a recomendação de vacinação de jovens em Portugal (a partir dos cinco anos). Um estudo testou essa asserção e concluiu que uma percentagem elevada continua a apresentar sintomas clínicos anormais bastante tempo depois. Dos relatórios de inquéritos recebidos, 54,8% relataram sintomas contínuos seis meses depois do diagnóstico.

Os autores desse estudo justificam a pertinência da evolução clínica dos casos de miocardite pós-vacina com o facto de que “embora os sintomas iniciais possam desaparecer rapidamente” foram detetadas alterações nos exames imagiológicos “como edema, realce tardio não isquémico e hipocinesia em alguns casos de miocardite provocada pela vacina contra a covid-19”.

Segundo eles, isso pode ser “um marcador de lesão significativa no miocárdio, de necrose, de cicatrização ou de fibrose” e pode provocar “morbilidade a longo prazo, incluindo complicações como o desenvolvimento de arritmia ou cardiomiopatia dilatada que pode surgir da fibrose secundária à inflamação”.

Deste modo, pretenderam analisar a evolução clínica dos pacientes com miocardite associada à vacinação covid-19 detetada pelo Sistema de Vigilância de Segurança Vacinal de Victoria (Canadá), o SAEFVIC.

Mais de metade (54,8%) dos relatórios de inquéritos recebidos aos 6 meses, relataram sintomas contínuos.

Os autores concluíram que uma proporção significativa de casos continua a apresentar sintomas e dados clínicos anormais 6 meses após o surgimento da patologia.

Recomendações de vacinação

Um dos pressupostos para a recomendação da vacinação mRNA, nomeadamente a crianças e a adolescentes saudáveis em Portugal foi o pressuposto de que as miocardites, associadas a essas vacinas, terem uma evolução clínica benigna.

“Estão descritos casos de pericardite e de miocardite em crianças vacinadas, apesar de na generalidade dos casos relatados, até à data, a doença se ter manifestado de forma benigna e com progressão favorável”- parecer-tecnico-vacinacao-covid-19- Vacinação contra COVID-19 em Crianças de 5-11 anos

Pressuposto esse igualmente presente no parecer que recomendou a vacinação dos jovens entre os 12 e 15 anos:

“As pessoas com estes episódios são, geralmente, hospitalizadas e apresentam uma evolução clínica benigna (…)”

Fonte: DGS recomenda vacinação universal das crianças dos 12 aos 15 anos (dn.pt)

Isto, embora, no mesmo parecer ser reconhecido serem desconhecidos “os seus efeitos a médio/longo prazo”.

De recordar, igualmente, que nesses mesmos pareceres se estimavam (até) 12 miocardites vacinais, dos cinco aos 11 anos e 24,5, dos 12 aos 17 anos.

Igualmente relevante é o facto de ambos os pareceres terem como um dos seus grandes fundamentos o “Bem Estar Físico, Psíquico e Social”.

Miocardites sintomáticas- A ponta do Iceberg?

Apesar das miocardites detetadas serem o efeito adverso mais conhecido das vacinas mRNA em jovens, alguns estudos têm sugerido que podem existir outras patologias cardíacas não identificadas.

Por exemplo, um estudo que monitorizou quase cinco mil estudantes saudáveis, reportou que 17,1% tiveram pelo menos um sintoma cardíaco, após a toma da segunda dose da vacina Pfizer.

Foram também detetadas anomalias no eletrocardiograma de 1% dos jovens, entre os quais uma miocardite e quatro arritmias significativas, três das quais assintomáticas.

Ler também:

Investigação TBS: Ministério da Saúde não indica entidades responsáveis por indemnizar vítimas de reações adversas

Responsável do FDA reconhece surpresa com miocardites e que não sabe se perdurarão a longo prazo

Dra. Cristina Camilo: “Nas crianças previamente saudáveis a infeção por SARS-CoV-2 pelas variantes que conhecemos até agora, não tiveram impacto na idade Pediátrica”

Reações adversas a vacinas mRNA: 6 miocardites entre os 12 e os 18 anos registadas no hospital de Coimbra

Os avisos à DGS sobre as miocardites

Rapazes dos 16-24 anos têm 20 vezes mais probabilidade de ter miocardites após toma de vacinas diferentes

Vacinas Covid com 23,8 vezes mais notificações de reações adversas do que vacinas tradicionais

Investigação TBS: INSA considera hospitalizações e mortes de vacinados recentes como não vacinados

DGS: Pais devem ser informados de risco de miocardite após vacinação Pfizer e da necessidade imediata de assistência em caso de sintomas

Miocardite: COVID-19 não causou aumento de incidência em não vacinados

Médico que prestou falsas declarações  sobre vacinas Covid continua a ser fonte preferida dos media

Compre o e-book "Covid-19: A Grande Distorção"

Ao comprar e ao divulgar o e-book escrito por Nuno Machado, está a ajudar o The Blind Spot e o jornalismo independente. Apenas 4,99€.