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Estudo sueco revela as causas das mortes Covid

Uma análise feita às mortes Covid, que ocorreram em habitações especiais (lares) e em casa, concluí que a Covid foi a causa “completamente predominante” em 15% dos casos.

Em 70% terá contribuído para a morte, juntamente com outras doenças (insuficiência cardíaca, demência, doença maligna avançada), e em 15% dos casos outra doença terá causado “muito provavelmente” o desfecho.

O estudo, feito na região de Östergötland após a primeira vaga (Agosto de 2020), analisou especificamente os doentes falecidos em acomodações especiais ou em casa. Do total de 240 mortes de pessoas infetadas, mais de metade (51%) ocorreram nesse tipo de habitação. Dentro desse grupo, 102 faleceram em alojamento especial e 20 em casa.

Metade das pessoas que morreram em habitações especiais ou em sua casa tinham 88 anos, ou mais, e apenas 21 tinha menos de 80 anos de idade.

Estas mortes foram classificadas como Covid após teste PCR positivo ou por cultura bem-sucedida do vírus.

Deste modo, o estudo refere:

“…outras condições médicas podem ter contribuído ou por vezes ter sido a causa decisiva da morte, como doenças cardíacas, doenças pulmonares, demência.”

Comorbilidades

Das 122 pessoas, 111 tinham um grande nível de comorbilidades que afetava o dia-a-dia, enquanto 11 tinham comorbilidades moderadas. Como exemplos de comorbilidades foram identificadas: demência (63%), doença cardíaca (45%), diabetes (20%), Acidente Vascular Cerebral (12%), doença pulmonar (5%), obesidade (3%), cancro avançado (2%).


Estado funcional das vítimas

Foi realizada uma avaliação do “estado funcional/fragilidade” de acordo com o seu nível de fragilidade:

Grupo 1 (Sem fragilidade) – “Gere as atividades normais sem limitação.”

Grupo 2 (Fragilidade moderada) – “… capaz de cuidar de si mesmo, mas não consegue lidar com atividades mais exigentes fisicamente ou com emprego satisfatório.”

Grupo 3 (Fragilidade significativa) – “Pode cuidar de si mesmo, mas pode estar periodicamente limitado a uma cama ou cadeira.”

Grupo 4 (Fragilidade grave) – “Não pode cuidar de si mesmo e/ou está limitado à cama ou cadeira. Também inclui a demência, que é exigente nos cuidados.”

Seis sujeitos apresentavam uma fragilidade significativa (grupo 3) e 116 uma fragilidade grave (grupo 4).

Estudo “morte Covid” em hospital

Na mesma região, já tinha sido apresentado um estudo de 123 pacientes com morte Covid num hospital.

Nessa investigação a Covid foi a principal causa de morte em 25% dos casos, um fator que contribuiu para a morte em 60% dos pacientes e não teve qualquer relação com a morte de 15% dos doentes.

A forma como normalmente são relatadas as “mortes Covid” indicam que a doença Covid-19 é a causa na generalidade dos casos. No entanto, após ter sido declarada doença de registo obrigatório, a OMS emitiu orientações para o seu registo, que o torna bastante abrangente em termos de causa de morte.

Apesar de começarem a existir algumas análises para esclarecer quando a Covid-19 é, de facto, a causa de morte, elas são extremamente raras e pouco abrangentes. Estes estudos da região de Östergötland são um bom esforço nessa tentativa.

As suas conclusões não podem, no entanto, ser extrapoladas para outras regiões por vários motivos, como diferenças nos critérios de morte Covid, na demografia ou nos protocolos PCR.

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