Skip to content

Investigadores do Qatar estudaram o risco de doença grave causada por reinfeções, através de dados nacionais, em comparação com as primeiras infeções por SARS-CoV-2. Verificou-se que as reinfeções foram raras e geralmente leves.


Numa correspondência publicada pelo The New England Journal of Medicine (NEJM) que analisa 1.304 reinfeções de um grupo de 353.326 pessoas, após a exclusão dos, entretanto vacinados, considera-se reinfeção um PCR positivo após 90 dias da primeira infeção.

As reinfeções tiveram 90% menos hipóteses de resultar em hospitalização ou morte do que as infeções primárias. Ocorreram quatro reinfeções severas. Nenhuma levou ao internamento em Unidades de Cuidados Intensivos e nenhuma terminou em óbito. 

O facto de as reinfeções terem sido raras foi justificado pelos autores por “provavelmente o sistema imunológico ter sido preparado após a infeção primária”.

outros estudos referem uma eficácia elevada de infeção natural por SARS-Cov-2.

Os autores concluem:

“É necessário determinar se essa proteção contra a doença grave na reinfeção dura por um período mais longo, análoga à imunidade que se desenvolve contra outros coronavírus sazonais de ‘constipações comuns’, que induzem imunidade de curto prazo contra reinfeção leve, mas imunidade de longo prazo contra doença mais grave com reinfeção.

Se for esse o caso com o SARS-CoV-2, o vírus (ou pelo menos as variantes estudadas até o momento) podem adotar um padrão de infeção mais benigno quando se tornar endémico.”

É difícil apurar a duração de anticorpos no corpo após a vacinação ou infeção devido à sua variabilidade e heterogeneidade dos vários estudos revistos.

As vacinas centram-se na produção de anticorpos, mas o sistema imunitário é composto por várias respostas imunitárias e não apenas os anticorpos.

Compre o e-book "Covid-19: A Grande Distorção"

Ao comprar e ao divulgar o e-book escrito por Nuno Machado, está a ajudar o The Blind Spot e o jornalismo independente. Apenas 4,99€.