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Médicos britânicos pedem suspensão da vacinação Covid-19 em crianças

Um grupo de 92 profissionais de saúde britânicos apresentaram à JCVI, o grupo oficial que aconselha as autoridades de saúde do Reino Unido sobre vacinação e imunização, uma carta onde mostram novas evidências sobre a relação risco-benefício desfavorável da vacina Covid-19 da Pfizer para as crianças. 

O grupo apresentou no passado dia 24 de fevereiro, numa conferência de imprensa realizada em Londres, no Reino Unido, as razões para o pedido formal da suspensão da vacinação em crianças e a investigação urgente da segurança das vacinas para essa faixa etária. Segundo os profissionais de saúde, existe “um inexplicável aumento de mortes em adolescentes relacionados com a vacinação da Pfizer”, ao mesmo tempo que consideram que “o risco-benefício é bastante prejudicial para as crianças relativamente à vacina da Pfizer”. Alertam ainda para “o aumento das hipóteses de aparecimento de variantes resistentes à vacina provocados pela vacinação dos jovens, aumentando a vulnerabilidade dos idosos e dos vulneráveis”, conforme indicado no comunicado de imprensa.

A carta do CCVAG (grupo de aconselhamento da vacina Covid para crianças, da sigla em inglês) foi assinada por 92 médicos, professores e cientistas e subscrita por mais de 700 profissionais de saúde. A conferência de imprensa, disponível na íntegra no YouTube, serviu para, durante quase hora e meia, vários médicos e cientistas apresentarem os seus argumentos.

Ros Jones, médica pediatra reformada, disse que “quando avaliamos a necessidade de qualquer procedimento médicos a uma criança, é crucial assegurar que o benefício do destinatário supera claramente os riscos”. A médica, que tem mostrado a sua contestação à gestão da Covid-19 do governo de Boris Johnson em vários órgãos de comunicação social, refere dados estatísticos de miocardites, uma reação adversa reconhecida pela Pfizer, em rapazes e jovens adolescentes nos Estados Unidos da América, Israel e Hong-Kong. Ros Jones pergunta “se a ‘cura’ é pior que a doença” e frisa que” a equação risco-benefício na idade pediátrica é completamente diferente da que se faz para os adultos”. A pediatra acrescenta que “neste caso, a evidência mais recente sugere fortemente que os riscos para a criança podem ser maiores do que qualquer benefício”. “Além disso”, prossegue, “nós ainda não sabemos as implicações a longo prazo das vacinações Covid para as crianças no que diz respeito às suas funções imunitárias ou à sua saúde em geral”.

A médica Clare Craig diz que “quando não há benefícios para as crianças serem vacinadas, é importante investigar exaustivamente quaisquer sinais de dano”. A patologista britânica relata que “há um sinal preocupante do crescimento de mortalidade não-Covid em rapazes, por causas desconhecidas, que precisam de ser investigadas. Craig fala na “experiência dos danos provocados pela vacina Pandemrix, depois da gripe suína de 2009, que deveria ter-nos ensinado que a evidência de dano pode demorar vários anos a manifestar-se e que os sinais de aparente menor gravidade não podem ser ignorados”.

A diretora da UK Medical Freedom Alliance (aliança para a liberdade médica, do Reino Unido), Elizabeth Evans, foi crítica em relação à indústria farmacêutica: “a possibilidade de efeitos prejudiciais para a saúde serem conhecidos após alguns anos é plausível e é por isso que os fabricantes de vacinas pediram – e obtiveram – a isenção completa de responsabilidades relativamente a futuras reações adversas”. Evans prossegue, dizendo que “se o risco é suficientemente relevante para que os fabricantes não estejam dispostos a aceitar o risco económico, então nós não podemos permitir que as nossas crianças tenham o mesmo risco para a sua saúde no futuro”. A médica conclui que “sendo assim, para as crianças os benefícios só podem ser altamente especulativos”.

O professor de Microbiologia Médica da Universidade de East Anglia, David Livermore, faz uma comparação com a resistência a antibióticos. “Usar antibióticos quando não são precisos aumenta o risco de aparecimento de variantes resistentes ao antibiótico”, disse, frisando que “o mesmo risco se aplica a vírus e anticorpos”. “A maior parte dos jovens já foram infetados e este é o melhor caminho para uma imunidade robusta e prolongada para as crianças, que têm um risco mínimo de Covid grave”, disse Livermore. O professor acrescenta que “as vacinas dão uma breve e pequena proteção e foram feitas para a variante inicial”, mas que “já não se aplica à Ómicron”. Livermore explica que “usá-las quando não são precisas serve apenas para encorajar o vírus a desenvolver-se e de forma imprevisível”.

O CCVAG solicitou uma audiência para a entrega em mão da carta manuscrita aos responsáveis da JCVI, na sua sede, em Londres, “a qual foi agendada, mas o acesso às instalações foi negado”, tendo sido entregue “na rua a um segurança”, conforme descreve o grupo no comunicado do seu site.

Em Portugal, um grupo de médicos apresentou, a 25 de janeiro, uma carta aberta onde pedem a “suspensão imediata da vacinação contra a Covid-19 em crianças e jovens”, conforme noticiou o Página Um. Os profissionais de saúde advertem que, no caso das crianças saudáveis, “não existe situação de emergência” que justifique a “utilização de medicamentos [como as vacinas] que não tenham os estudos de segurança e eficácia completos”. Estes especialistas relembram, aliás, que “a infeção de crianças e jovens é assintomática ou com sintomas ligeiros na maioria dos casos; os internamentos são muito raros, e a mortalidade tendencialmente nula em crianças saudáveis no nosso país”. Originalmente assinada por 27 médicos, a carta foi posteriormente subscrita por 91 profissionais de saúde, entre os quais Jorge Amil, presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, que foi posteriormente criticado pelo seu bastonário. Conforme noticiou a Rádio Renascença, Miguel Guimarães considera que “não há duas vozes na Ordem”.

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