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Redes sociais censuraram notícias de investigação do FBI ao filho de Joe Biden

Mark Zuckerberg admitiu numa entrevista que  o Facebook limitou significativamente a distribuição de informação relacionada com a apreensão pelo FBI do portátil de Hunter Biden. Hunter é filho de Joe Biden, na altura candidato e atualmente presidente dos EUA. Sugeriu ainda que o Twitter foi mais longe e terá censurado por completo a notícia sobre a investigação criminal em curso.

Numa entrevista a Joe Rogan, Mark Zuckerberg, presidente e fundador do Facebook, reconheceu que a sua empresa limitou a distribuição de notícias relacionadas com o caso do portátil apreendido pelo FBI, que supostamente pertence a Hunter Biden, irmão do atual presidente dos Estados Unidos.

Zuckerberg salienta que não é o Facebook que decide diretamente o que é censurado:

“No caso do Hunter Biden, eu não quero que sejamos nós a decidir o que é desinformação e o que não é. Trabalhamos com terceiros e deixamos outras organizações fazerem isso”.

Mas não deixa de colocar a questão da imparcialidade dos fact-checkers:

“Depois temos a questão se essas organizações são enviesadas, ou não. Isso é uma questão difícil. Mas, pelo menos, não somos nós aqui sentados a decidir… Nós não somos o Ministério da Verdade para o mundo.”

FBI como justificação para a supressão parcial do caso

Um alerta geral, que o FBI terá dado, foi usado por Zuckerberg como motivo para essa ação preventiva.

“O FBI, basicamente veio ter connosco, disseram a algumas pessoas da nossa equipa: Achamos que havia muita propaganda russa nas eleições de 2016 e achamos que está para acontecer algo de semelhante. Por isso, estejam vigilantes.”

No entanto, quando questionado por Joe Rogan se o FBI referiu explicitamente esse caso, Zuckerberg respondeu:

“Não me lembro se foi isso especificamente, mas basicamente encaixa no padrão.”

Twitter bloqueou totalmente a distribuição da notícia

Zuckerberg salientou ainda que o protocolo do Facebook é diferente do Twitter que, segundo ele, disse aos utilizadores: “não podem partilhar isto, de modo algum”.

Estas diferenças mostram que ambas as companhias decidiram, ainda sem qualquer decisão de fact-checkers, limitar ou suprimir a notícia sobre um tema específico que veio a público em alguma imprensa.

Como Zuckerberg reconheceu na entrevista,os fact-checkers contratados pelo Facebook não conseguiram encontrar qualquer informação que desmentisse a notícia.Atualmente, o caso está em investigação judicial e várias informações relacionadas com o processo têm vindo a público.

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