Skip to content

Na passada sexta-feira, 8 de março, realizou-se aqui na Ilha Esmeralda (mais conhecida por Irlanda) um referendo sobre o papel das mulheres na lida da casa, na prestação de cuidados aos idosos e nas definições de família.

Pelo menos, foi isso que eu percebi. Vou ser sincero convosco. A minha dedicação ao meu recém-criado podcast impediu-me de prestar a devida atenção ao referendo. Recebi papelada (um eufemismo para não dizer propaganda) na minha caixa de correio e li posts nas redes sociais, que se dividiam entre alguns dos meus amigos/conhecidos a fazer campanha pelo não e ONGs e outras instituições igualmente ou mais questionáveis a promover o sim.

A cisão foi suficiente para me dar conta que por detrás do “não” (ou seja, não mudar a constituição) estavam os chamados conservadores, enquanto os ditos progressistas defendiam o sim com os slogans habituais a tresandar a vacuidade. Utilizo as palavras “chamados” e “ditos” por não me parecer ser assim tão simples. Por conservadores entendo as pessoas que, ao dia de hoje, se atrevem a não reconhecer a existência de mais do que dois géneros, e por progressistas denomino os dementes que afirmam cientificamente que qualquer um e cada um é aquilo com que se identifica, ponto final, parágrafo. Enfim, a mesma diferença de opinião separa as tribos quando se trata de vacinas contra a Covid, migração em massa no Ocidente, alterações climáticas.

Não se trata aqui de direita e de esquerda, mas de resistência e de mainstream. Naturalmente, reconheço-me (recuso-me a usar o verbo identificar) com a resistência. Não é tanto uma questão de heroísmo, mas de amor a um certo bom senso.

No entanto, como não tive oportunidade de me debruçar sobre o referendo e – mais importante ainda – não sou adepto do pensamento de rebanho, optei por não tomar uma posição sobre o tema. Presumo que tinha uma preferência, ou quiçá uma inclinação. É evidente que, como bom amigo dos meus amigos, gosto de os ver felizes. Tal como me agrada ver os governos, as empresas, os media, as universidades, toda essa escumalha abominável desesperar com o despertar das pessoas contra a manipulação.

Neste sentido, acolhi o resultado do referendo com um rasgado sorriso. A ideia de que os estabelecidos receberam um enorme e inesperado manguito é absolutamente deliciosa.

Aparentemente, os indivíduos caluniados como de extrema-direita pelo simples fato de discordarem das ordens dos poderosos constituem 74% da população deste país. Alarmante, meu caro Watson. Os nazis andam por aí. Isto está ao nível do Brexit e da eleição de Trump.

Põe-te a pau, estrangeiro encardido, melhor fazer as malas e mudar-te para a República Comunista do Canadá ou para o paraíso inclusivista da Califórnia. Ou, pelo menos, esconde essa pulseira e fio judaicos dos racistas.

Ou talvez da multidão “fraternal” que apelou ao ‘sim’ e que aparenta estar mais próxima do Hamas do que a própria OLP.

Compre o e-book "Covid-19: A Grande Distorção"

Ao comprar e ao divulgar o e-book escrito por Nuno Machado, está a ajudar o The Blind Spot e o jornalismo independente. Apenas 4,99€.