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Investigação TBS: Grave conflito de interesses entre grandes media e farmacêuticas

Grandes media, como o New York Times, a CBS ou a NBC partilham a maioria dos principais acionistas com as grandes farmacêuticas. A sua atuação nos últimos anos favoreceu as gigantes do setor. Entre elas, destaque para a Pfizer que mais do que duplicou os seus lucros em 2021 e a Moderna, que passou de resultados negativos para lucros de vários milhares de milhões..

Fonte: Yahoo Finance

Favorecimento da indústria

O favorecimento das farmacêuticas pelos grandes órgãos de comunicação social assumiu várias formas.

Distorção dos números

Uma das principais formas foi a distorção do que representam os números apresentados como mortes covid. Ao contrário do que foi repetido incessantemente, não representam apenas o número de mortes em que o vírus foi o principal responsável, mas também um conjunto de outros casos.

Fonte: ‘Unthinkable tragedy’: U.S. COVID-19 death toll surpasses 1 million. ABC News

Após as campanhas de vacinação em massa, algumas das vozes habituais nos grandes media, como a Leana Wen, vieram reconhecer como “um problema”, algo que já era evidente desde o início (embora o aumento da imunidade geral contra o vírus tenha tornado esse desfasamento ainda maior).

Fonte: We are overcounting covid deaths and hospitalizations. That’s a problem. Washington Post

A distorção abrangeu muitas outras estimativas como a percentagem de pessoas que desenvolveu “long covid”. Para isso foram citados estudos de baixo nível de evidência, que consideram um conjunto de sintomas muito comuns e sem grupos de controlo, e ignorados os que, por terem grupo de controlo, indicavam valores de sintomas atribuíveis à covid muito menores e, em alguns casos, residuais.

Fonte: “Long COVID” or “post-COVID” symptoms affect 1 in 4 seniors who survived infection, study finds – CBS New

Promoção direta de produtos farmacêuticos

Para além da distorção e exagero da doença, a comunicação social em geral faz a promoção direta de vacinas e medicamentos covid.

Fonte: https://www.nbcnews.com/specials/plan-your-vaccine/

Em alguns casos, o empolamento dos seus resultados é por demais evidente. Ao mesmo tempo, as suas limitações ou riscos, como as reações adversas, são totalmente ignorados.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=jDtUWXOmLLg

Mas não só. Os grandes media também tendem a atacar qualquer possível alternativa aos mesmos. Por coincidência, são por norma alternativas baratas e em que as grandes farmacêuticas não mostram qualquer interesse em realizar ensaios clínicos para aferir da sua eficácia.

Fonte: https://twitter.com/maddow (publicação entretanto apagada)

Lucros das farmacêuticas

Não apenas devido aos grandes media, mas também devido a eles, não é de estranhar que várias empresas do setor tenham visto os seus resultados dispararem. Duas delas passaram mesmo de resultados negativos para lucros de vários milhares de milhões.

Fonte: https://www.statista.com/chart/24829/net-income-profit-pharma-companies/

É bem visível o enorme impacto que os fármacos covid tiveram nas receitas desta empresas.

Fonte: https://www.statista.com/chart/25434/pfizer-annual-revenue/
Fonte: https://www.statista.com/statistics/1107794/revenue-and-net-income-moderna-inc/

Ideias Finais

O facto de os grandes media terem os mesmos acionistas que as grandes farmacêuticas, constitui um sério risco. 

É certo que muitas das informações menos corretas têm vindo de outras fontes originais (agências, políticos, estudos, figuras públicas, peritos). No entanto, o processo de seleção dessas fontes e a narrativa instigada pelos próprios media, parecem confirmar a influência desses conflitos de interesses.

E este caso parece ser apenas a ponta do iceberg. Tal dependência parece estar a acontecer com muitos outros temas e não resultam apenas de terem detentores comuns, mas devido também ao aumento de doações, a financiamentos diretos (públicas e privadas) ou a influências políticas.

Desta forma, o lucro das grandes empresas, e de quem as controla, pode estar a resultar cada vez menos do normal funcionamento do mercado, baseado numa concorrência benéfica para as populações, mas de um sistema de influências que, cada vez mais está a monopolizar o mercado em benefício de muitos poucos.

A comunicação social parece estar a contribuir para isso, em parte por não ter as mínimas condições de independência em relação aos múltiplos interesses representados pelos seus próprios acionistas.

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